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Feliz 2014!!!

Quando chegamos perto do Reveillon, o que mais fazemos é esperar o ano acabar. Posso estar falando pelos outros, mas é a sensação que tenho. Quase tudo no país pára e o que nos resta é aguardarmos pelas festas, presentes e comilanças. Dessa vez foi diferente, nos dois últimos dias do ano, eu ainda faria coisas bem representativas: participar do Estudio I, programa da Globo News, da carismática Maria Beltrão; e me apresentar pela primeira vez numa das festas mais importantes do mundo, o Reveillon de Copacabana. Simplesmente, adorei participar do programa da Maria, ela e o seu grupo de comentaristas me receberam de maneira muito carinhosa. Falamos sobre o meu mais novo lançamento, o DVD "Gentes 20 anos ao vivo", de momentos marcantes da minha carreira, do show do Reveillon, e cantei cinco músicas acompanhado do violão. Logo que acabamos, ainda empolgado com a gravação, fui direto passar o som em Copacabana e deixar tudo equilibrado para o grande show do dia 31.

Dia seguinte, às 19h em ponto (é tudo cronometrado por conta dos fogos), no lusco-fusco veraneio do Rio com direito à arco-íris e tudo, iniciei o show para um público que crescia a cada minuto. Preocupado em fazer um show pra cima, popular, ao mesmo tempo que cuidadoso para não descaracterizar o meu trabalho reconhecido (ou desconhecido) pelo autoral próprio, fiz uma seleção das minhas músicas mais animadas, dançantes, e incorporei ao repertório quatro compositores que me tocam. Dentre eles, destaco Nelson Cavaquinho, com "Flor e Espinho" e Raul Seixas "Cowboy Fora de Lei" do Raul. Esse último, caso algum maluco beleza gritasse "Toca Raul!!!" eu já estaria preparado.

Confesso que pouco antes dos ensaios, pensei que em se tratando de Reveillon, um show grande, para multidão, eu deveria aumentar a minha banda. No entanto, fui firme, mantive a formação que vem dando certo desde a gravação do DVD: bateria/percussão, baixo e guitarra. Meus talentosos e versáteis músicos João Hermeto, Maurício Oliveira e Guilherme Schwab já soavam grandes. Vale uma ressalva. É relativo o fato de termos um som maior ou menor com mais ou menos músicos. Acredito que quanto mais espaços vazios tivermos, maiores podem ser nossas performances individuais, e consequentemente, em grupo. Deu certo! O público de mais 10 mil pessoas (me refiro aqui às pessoas conectadas diretamente com o palco, pois tinha muito mais) foi altamente receptivo, seja dançando, cantando ou parado, atento com semblantes de curiosidade às mensagens sonoras, verbais e corporais da gente. Me lembrei dos shows na Da Casa da Táta, para 60 pessoas semanais, que fiz ao longo do ano retrasado, naquele que chamo de "menor palco do mundo". Eu tinha costume de brincar dizendo que não conseguia ver o fim da multidão, era tanta gente que não acabava mais. Por ironia do bom destino, lá estava eu de fato, sem conseguir alcançar a olho nu o fim do mar de gente. Não acabava aí o meu ano. Ainda veria no palco vizinho ao meu, as apresentações do Nando Reis, Lulu Santos e Carlinhos Brown, e assistiria com pessoas queridas que me acompanhavam e que encontrei, a maior estrela da noite, os fogos. Os beijaços esperados dos fogos não vingaram exatamente, mais os mesmos que dei na minha mulher, duraram quase os 16 minutos de queima. Feliz 2014!!!